Uns para os outros
Punhado de bilhões de confusos micróbios falantes habitando
arquipélagos continentais na superfície coberta de água de um
pedregulho rodopiando sobre si mesmo em volta de foguinho na
borda de nuvem giratória de muitos outros fogos e pedregulhos
e vazios, mais vazios do que qualquer outra coisa, entre
tantas outras nuvens dispersando-se em vazio ainda mais vasto,
o grande vazio em expansão, e as nuvens levando fogos mais
numerosos que os grãos de areia espalhados por todas as praias
dos continentes emersos dos mares que alastram tempestades na
superfície do pedregulho dos micróbios briguentos divididos em
tribos e que se acham insubstituíveis – e somos mesmo, uns
para os outros. |